quinta-feira, 24 de julho de 2014

Delicatessen


Nosso amor delicatessen
Desmancha na boca
Se tece no peito
Invade a alma
Se aquece no peito
Molha a boca
Acalma a alma

É pluma frágil
É lã forte, fibra dura
É a brasa
É a doçura
Como o pequeno que nasce
Como o rio que corre
Como o melhor enlace
Como o beijo na face

Nosso amor delicatessen
Adoça o sorriso
Refina o paladar
Mergulha no olhar
Instiga o paladar
Abre o sorriso
Arrebata só de olhar

Intervalo sustenido

Já fizeram tantos acordes
Para amores que não vão acabar
Apenas adormecem na ausência
De presença, da voz, um olhar

Se for contar os versos dedicados
Ao primeiro grande amor, a chama
Ao amor único de uma vida
Na tarde de sol sorrisos na grama 

Ninguém mais espera, a surpresa
Os acordes e versos fazem sentido
Afinal não foi amor esquecido
Era só um breve intervalo sustenido

Os olhos claros, brilhantes
Enfim se abraçam amadurecidos
A pausa foi necessária ao amor
Dos ternos momentos nunca esquecidos

E quando ninguém mais esperava
As sonatas e rimas fizeram sentido
Afinal não foi amor esquecido
Era só um breve intervalo...sustenido

sábado, 20 de julho de 2013

O amor da sua vida

Quando o amor da sua vida chegar
Não adianta tentar desconfiar
Vai ser quem menos espera, sem demora
Vai ser na esperança desesperada

Quando tudo começar a se encaixar
E o amor então se revelar
O amor da sua vida vai ser como flecha
Como se sempre estivesse ali por você

E não há como não acreditar
Quando o amor da sua vida chegar
Não existe ateu, desacreditado no amor
Não existe desilusão passada e dor

Quando o amor da sua vida chegar
A vida vai como brisa soprar
E as coisas vão muito rápido se encaixar
Porque o tempo para o amor
O amor da sua vida, é diferente
O tempo então é generoso, suave
Faz as horas voarem, os carinhos ficarem

Porque, enfim, o amor chegou

terça-feira, 9 de julho de 2013

Sopro da vida


Antes do sol se pôr
Antes do eternamente vir
Antes que o sopro da vida for
Estaremos nós, a sorrir

Assim como hoje, na juventude
Corações quentes de paixão
Pernas leves, olhos brilhantes
Ao nosso lado traçarão

Um mapa de felicidade, um plano de amor
Uma vida inteira de paz, um afago quente
Nossos segredos, nossa árvore, a música
Os sonhos, os nomes, o presente

Antes de terminar o arco-íris
Antes do azul celeste
Antes que tudo que existe parta
Estaremos rumando a leste

Naquele barco da vida
Nos planos brindados com riso
Pensaremos jovens
Brincaremos sem juízo 

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Arrogância

Ficou calado
Calou de propósito
Tornou-se depósito
De si, sua arrogância
Partiu corações
Nem se sufocou
Apenas sorriu e culpou
Alguém sem merecer
Culpou, calou, fingiu
Ao mesmo tempo
Gritou alto, brigou
Achou que isso é maturidade
Mas enterrado na arrogância
Nem pode ver a realidade
Nem saiu da infância

E seguiu mais gerações
E com os mesmos motivos
Quebrou corações
Apagou os olhos vivos
Assim como o primeiro
O segundo e o terceiro
Acharam que prepotência
Era a genialidade da ciência
Esqueceram que de humanidade
Entendiam pouco, nem tinham vontade
E está aí a mais difícil das artes:
Viver, com coração simples